Textos interessantes, recadinhos para os alunos, notícias, fotos e outras "coisinhas" que a imaginação mandar... Sejam bem-vindos!
segunda-feira, 24 de novembro de 2008
sexta-feira, 14 de novembro de 2008
Braile
Comemora-se, em 2009, o bicentenário de nascimento de Louis Braile, criador do sistema de leitura e escrita para deficientes visuais, que é utilizado até hoje em todo o mundo. Braile ficou cego aos três anos de idade e, aos 16, criou esta forma de comunicação dos cegos, abrindo uma importante frente para a inclusão.Pra quem não sabe, o sistema Braile é baseado na combinação de seis pontos em relevo, permitindo a representação do alfabeto, números, símbolos científicos, notas musicais e, recentemente, de informática.E acaba de sair o Livro Digital Acessível, também chamado de Lida D. É um cederom que, além de trazer a narração de livros e revistas, como a Veja, possibilita que o usuário marque as frases que mais gostou, peça a soletração de palavras e crie notas de rodapé. A fundação Dorina Nowill, que desenvolve essa técnica no Brasil, acredita que a ferramenta vai aproximar o deficiente visual do mundo dos livros. E eles distribuem gratuitamente o software pelo site http://www.fundacaodorina.org.br/ .
Fonte: Blog "Sempre um papo"
Fonte: Blog "Sempre um papo"
terça-feira, 6 de maio de 2008
A mulher é mais mulher aos 30...
"Tome a mesma moça aos 20 e aos 30 anos. No segundo momento ela será umas sete ou oito vezes mais interessante, sedutora, irresistível do que no primeiro. Ela perde o frescor juvenil, é verdade. Mas, também o ar inseguro de quem ainda não sabe direito o que quer da vida, de si mesma e de um homem. Não sustenta mais aquele ar ingênuo, uma característica sexy da mulher de 20. Só que isso é compensado por outros atributos encantadores de que se reveste a mulher de 30.
Como se conhece melhor, ela é muito mais autêntica, centrada, certeira – no trato consigo mesma e com seu homem. Aos 30, a mulher tem uma relação mais saudável com o próprio corpo e orgulho de sua vagina, das suas características sinuosas, do seu cheiro cítrico. Não briga mais com nada disso. Na verdade, ela quer brigar o menos possível. Está interessada em absorver do mundo o que lhe parece útil e justo, ignorando o que for feio e de baixo-astral. Quer ser é feliz. Se seu homem não gostar dela do jeito que é, que vá procurar outra. Ela só quer quem a mereça.
Aos 30 anos, a mulher sabe se vestir. Domina a arte de valorizar os pontos fortes e disfarçar o que não interessa mostrar. Sabe escolher sapatos e acessórios, tecidos e decotes, maquiagem e corte de cabelo. Gasta mais porque tem mais dinheiro. Mas, sobretudo gasta melhor. E tem mais gestos delicados e elegantes. Aos 30, ela carrega um olhar muito mais matador quando interessa matar. E finge indiferença com mais competência quando interessa repelir.
Ela não é mais bobinha. Não que fique menos inconstante. Mulher que é mulher, se pudesse, não acordaria dois dias seguidos com o mesmo humor. Mas, aos 30, ela já sabe lidar melhor com esse aspecto peculiar de sua condição feminina. E poupa (exceto quando não quer) o seu homem desses altos e baixos hormonais que aos 20 a atingiam – e quem mais estivesse por perto – irremediavelmente.
Aos 20, a mulher tem espinhas. Aos 30, tem pintas, encantadoras trilhas de pintas. Que só sabem mesmo onde terminam uns poucos e sortudos escolhidos. Sim, aos 20, a mulher é escolhida. Aos 30, é ela quem escolhe. E não veste mais calcinhas que não lhe favoreçam. Só usa lingeries com altíssimo poder de fogo. Também aprende a se perfumar na dose certa, com a fragrância exata. A mulher aos 30, mais do que aos 20, cheira bem, dá gosto de olhar, captura os sentidos, provoca fome.
Aos 30, ela é mais natural, sábia e serena. Menos ansiosa, menos estabanada. Até seus dentes parecem mais claros. Seus lábios, mais reluzentes. Sua saliva, mais potável. E o brilho da pele não é a oleosidade dos 20 anos, mas pura luminosidade. Aos 20, ela rói as unhas. Aos 30, constrói para si mãos plásticas e perfeitas. Ainda desenvolve um toque ao mesmo tempo firme e suave.Ocorre algo parecido com os pés, que atingem uma exatidão estética insuperável. Acontece alguma coisa também com os cílios, o desenho da sobrancelha, o jeito de olhar. Fica tudo mais glamouroso, mais sexualmente arguto.
Aos 30, quando ousa, no que quer que seja, a mulher costuma acertar em cheio. No jogo com os homens, já aprendeu a atuar no contra-ataque. Quando dá o bote, é para liquidar a fatura. Ela sabe dominar seu parceiro sem que ele se sinta dominado. Mostra sua força na hora certa e de modo sutil. Não para exibir poder, mas para resolver tudo a seu favor antes de chegar ao ponto de precisar exibi-lo. Consegue o que pretende sem confrontos inúteis. Sabiamente goza das prerrogativas da condição feminina sem engolir sapos supostamente decorrentes do fato de ser mulher.
Se você anda preocupada porque já não tem mais 20 anos – ou porque ainda tem, mas já percebeu que eles não vão durar para sempre – fique tranqüila, desencane. É precisamente aos 30 que o jogo começa a ficar bom."
Fonte: Blog da Fabiane (São Gonçalo/Ipatinga)
Como se conhece melhor, ela é muito mais autêntica, centrada, certeira – no trato consigo mesma e com seu homem. Aos 30, a mulher tem uma relação mais saudável com o próprio corpo e orgulho de sua vagina, das suas características sinuosas, do seu cheiro cítrico. Não briga mais com nada disso. Na verdade, ela quer brigar o menos possível. Está interessada em absorver do mundo o que lhe parece útil e justo, ignorando o que for feio e de baixo-astral. Quer ser é feliz. Se seu homem não gostar dela do jeito que é, que vá procurar outra. Ela só quer quem a mereça.
Aos 30 anos, a mulher sabe se vestir. Domina a arte de valorizar os pontos fortes e disfarçar o que não interessa mostrar. Sabe escolher sapatos e acessórios, tecidos e decotes, maquiagem e corte de cabelo. Gasta mais porque tem mais dinheiro. Mas, sobretudo gasta melhor. E tem mais gestos delicados e elegantes. Aos 30, ela carrega um olhar muito mais matador quando interessa matar. E finge indiferença com mais competência quando interessa repelir.
Ela não é mais bobinha. Não que fique menos inconstante. Mulher que é mulher, se pudesse, não acordaria dois dias seguidos com o mesmo humor. Mas, aos 30, ela já sabe lidar melhor com esse aspecto peculiar de sua condição feminina. E poupa (exceto quando não quer) o seu homem desses altos e baixos hormonais que aos 20 a atingiam – e quem mais estivesse por perto – irremediavelmente.
Aos 20, a mulher tem espinhas. Aos 30, tem pintas, encantadoras trilhas de pintas. Que só sabem mesmo onde terminam uns poucos e sortudos escolhidos. Sim, aos 20, a mulher é escolhida. Aos 30, é ela quem escolhe. E não veste mais calcinhas que não lhe favoreçam. Só usa lingeries com altíssimo poder de fogo. Também aprende a se perfumar na dose certa, com a fragrância exata. A mulher aos 30, mais do que aos 20, cheira bem, dá gosto de olhar, captura os sentidos, provoca fome.
Aos 30, ela é mais natural, sábia e serena. Menos ansiosa, menos estabanada. Até seus dentes parecem mais claros. Seus lábios, mais reluzentes. Sua saliva, mais potável. E o brilho da pele não é a oleosidade dos 20 anos, mas pura luminosidade. Aos 20, ela rói as unhas. Aos 30, constrói para si mãos plásticas e perfeitas. Ainda desenvolve um toque ao mesmo tempo firme e suave.Ocorre algo parecido com os pés, que atingem uma exatidão estética insuperável. Acontece alguma coisa também com os cílios, o desenho da sobrancelha, o jeito de olhar. Fica tudo mais glamouroso, mais sexualmente arguto.
Aos 30, quando ousa, no que quer que seja, a mulher costuma acertar em cheio. No jogo com os homens, já aprendeu a atuar no contra-ataque. Quando dá o bote, é para liquidar a fatura. Ela sabe dominar seu parceiro sem que ele se sinta dominado. Mostra sua força na hora certa e de modo sutil. Não para exibir poder, mas para resolver tudo a seu favor antes de chegar ao ponto de precisar exibi-lo. Consegue o que pretende sem confrontos inúteis. Sabiamente goza das prerrogativas da condição feminina sem engolir sapos supostamente decorrentes do fato de ser mulher.
Se você anda preocupada porque já não tem mais 20 anos – ou porque ainda tem, mas já percebeu que eles não vão durar para sempre – fique tranqüila, desencane. É precisamente aos 30 que o jogo começa a ficar bom."
Fonte: Blog da Fabiane (São Gonçalo/Ipatinga)
sexta-feira, 4 de abril de 2008
10 ações cidadãs
Quando você decide trocar seu computador ou celular por outro mais moderno, mais bonito ou com mais recursos tecnológicos, você sabe o que fazer com o aparelho antigo?
Se a resposta for não, conheça os 10 passos que todo cidadão consciente deveria seguir antes de comprar um novo equipamento.
1) Potencialize
Mantenha uma relação utilitária, e não consumista, com a tecnologia. Antes de pensar numa nova compra, cogite recondicionar seu computador. Descarte-o apenas se ele não atende mais às suas necessidades e nem vale a pena adaptá-lo para essa finalidade. Quanto mais trocas, mais lixo.
2) Doe
Em caso de mudança de equipamento, destine o antigo para quem realmente vá usá-lo ou para instituições sociais que trabalham com inclusão digital. No Brasil, 55% da população acima dos 10 anos jamais acessaram um computador. O que se tornou inútil para você pode fazer a diferença para milhões de pessoas.
3) Ponha na balança
Ao adquirir um outro computador, lembre-se de que todo consumo causa impacto no meio ambiente. Prefira as máquinas que agregam várias funções, pois consomem menos energia, e os chamados produtos verdes de maneira geral. Ainda que um pouco mais caros, eles são ecologicamente corretos.
4) Rejeite imitações
Evite comprar produtos de empresas que dão uma garantia muita pequena e não demonstram qualquer sentido de responsabilidade social. E fique longe dos produtos falsificados, produzidos sem qualquer preocupação ambiental.
5) Informe-se
Procure saber se o fabricante do computador ou outro eletrônico que você deseja comprar possui alguma certificação da série ISO 14.000. Isso indica que a empresa tem um sistema de gestão ambiental, garantindo a responsabilidade ambiental de seus produtos e serviços.
6) Economize
Sempre que se ausentar de casa ou não for usar o computador, mantenha-o desligado. E reduza a impressão sempre que puder, evitando gastos de tinta e papel. Lixo tecnológico, preservação ambiental e eficiência energética tornaram-se questões indissociáveis.
7) Mobilize
Ajude a disseminar os benefícios do consumo equilibrado e do descarte apropriado para a qualidade de vida e do meio ambiente. Afinal, o que você retira de sua casa ou do seu escritório e joga fora não desaparece — só muda de lugar, prejudicando a todos, num efeito cascata.
8) Saiba mais
Entenda como se dá uma verdadeira reciclagem de computadores, processo de alta complexidade e custo, mas que representa o único caminho seguro contra riscos e danos. Esse conhecimento pode ser útil no sentido de reinvidicarmos imediatamente uma legislação específica para essa atividade e de possibilitarmos que mais empresas no Brasil a pratiquem.
9) Participe
Leia, reflita e entre nas discussões sobre o lixo tecnológico. Esse debate está estreitamente vinculado à sustentabilidade do planeta e não pode mais ser adiado. É hora de buscarmos soluções reais para esse grande desafio.
10) Comece por você
Torne-se um consumidor consciente em tempo integral, através de ações afirmativas que inspirem outros a seguir o exemplo. Nada é mais poderoso do que um indivíduo atuando para a mudança social e fomentando a criação de uma consciência coletiva.
Se a resposta for não, conheça os 10 passos que todo cidadão consciente deveria seguir antes de comprar um novo equipamento.
1) Potencialize
Mantenha uma relação utilitária, e não consumista, com a tecnologia. Antes de pensar numa nova compra, cogite recondicionar seu computador. Descarte-o apenas se ele não atende mais às suas necessidades e nem vale a pena adaptá-lo para essa finalidade. Quanto mais trocas, mais lixo.
2) Doe
Em caso de mudança de equipamento, destine o antigo para quem realmente vá usá-lo ou para instituições sociais que trabalham com inclusão digital. No Brasil, 55% da população acima dos 10 anos jamais acessaram um computador. O que se tornou inútil para você pode fazer a diferença para milhões de pessoas.
3) Ponha na balança
Ao adquirir um outro computador, lembre-se de que todo consumo causa impacto no meio ambiente. Prefira as máquinas que agregam várias funções, pois consomem menos energia, e os chamados produtos verdes de maneira geral. Ainda que um pouco mais caros, eles são ecologicamente corretos.
4) Rejeite imitações
Evite comprar produtos de empresas que dão uma garantia muita pequena e não demonstram qualquer sentido de responsabilidade social. E fique longe dos produtos falsificados, produzidos sem qualquer preocupação ambiental.
5) Informe-se
Procure saber se o fabricante do computador ou outro eletrônico que você deseja comprar possui alguma certificação da série ISO 14.000. Isso indica que a empresa tem um sistema de gestão ambiental, garantindo a responsabilidade ambiental de seus produtos e serviços.
6) Economize
Sempre que se ausentar de casa ou não for usar o computador, mantenha-o desligado. E reduza a impressão sempre que puder, evitando gastos de tinta e papel. Lixo tecnológico, preservação ambiental e eficiência energética tornaram-se questões indissociáveis.
7) Mobilize
Ajude a disseminar os benefícios do consumo equilibrado e do descarte apropriado para a qualidade de vida e do meio ambiente. Afinal, o que você retira de sua casa ou do seu escritório e joga fora não desaparece — só muda de lugar, prejudicando a todos, num efeito cascata.
8) Saiba mais
Entenda como se dá uma verdadeira reciclagem de computadores, processo de alta complexidade e custo, mas que representa o único caminho seguro contra riscos e danos. Esse conhecimento pode ser útil no sentido de reinvidicarmos imediatamente uma legislação específica para essa atividade e de possibilitarmos que mais empresas no Brasil a pratiquem.
9) Participe
Leia, reflita e entre nas discussões sobre o lixo tecnológico. Esse debate está estreitamente vinculado à sustentabilidade do planeta e não pode mais ser adiado. É hora de buscarmos soluções reais para esse grande desafio.
10) Comece por você
Torne-se um consumidor consciente em tempo integral, através de ações afirmativas que inspirem outros a seguir o exemplo. Nada é mais poderoso do que um indivíduo atuando para a mudança social e fomentando a criação de uma consciência coletiva.
quinta-feira, 3 de abril de 2008
Garimpada boa!!!!
Gente!!!
Andei visitando uns endereços sugeridos por amigos e adicionei no "Eu indico" para que vcs conheçam.
"Antológico" é o blog da Daiane (7º período de Letras). Muita coisa bacana, dicas diversas, cultura em geral.
O "Na caixola" é do namorado da Rafa, da mesma turma. Adorei. Principalmente pela sensibilidade. Tem poesia implícita. Coisa difícil de se fazer... (Principalmente qdo não se pretende escrever poesia...) 100%.
"A culpa é do cliente" me chamou a atenção pela criatividade do nome. Se bem que plageando o Cargil (2º período de Redes)"privilegiado é quem tem cliente, danado é o tal de usuário. Cliente todo mundo tem, usuário só traficante e os pobres-coitados que mexem com informática... E como dá trabalho o bicho-usuário... rsrsr".
O "Pensar enlouquece, pense nisso" é ótimo também.
Passeios virtuais agradabilíssimos!
Não deixem de visitar!
Bjocas!!!!!
Andei visitando uns endereços sugeridos por amigos e adicionei no "Eu indico" para que vcs conheçam.
"Antológico" é o blog da Daiane (7º período de Letras). Muita coisa bacana, dicas diversas, cultura em geral.
O "Na caixola" é do namorado da Rafa, da mesma turma. Adorei. Principalmente pela sensibilidade. Tem poesia implícita. Coisa difícil de se fazer... (Principalmente qdo não se pretende escrever poesia...) 100%.
"A culpa é do cliente" me chamou a atenção pela criatividade do nome. Se bem que plageando o Cargil (2º período de Redes)"privilegiado é quem tem cliente, danado é o tal de usuário. Cliente todo mundo tem, usuário só traficante e os pobres-coitados que mexem com informática... E como dá trabalho o bicho-usuário... rsrsr".
O "Pensar enlouquece, pense nisso" é ótimo também.
Passeios virtuais agradabilíssimos!
Não deixem de visitar!
Bjocas!!!!!
segunda-feira, 31 de março de 2008
Curso de Informática para a comunidade de São Gonçalo
Começamos, dia 28/03, as aulas de informática para as pessoas que se inscreveram da comunidade de São Gonçalo do Rio Abaixo. Numa parceria entre a Prefeitura e a Unipac, as aulas visam inserir o maior número de pessoas na sociedade digital, bem como prepará-los para o mercado de trabalho.
São 180 inscritos e já na primeira semana demostraram muito interesse em aprender!
Sucesso pessoal!!!
Espero entregar a todos o certificado!!!
E lembrando: dedicação e persistência!!! Eis a receita!!!
São 180 inscritos e já na primeira semana demostraram muito interesse em aprender!
Sucesso pessoal!!!
Espero entregar a todos o certificado!!!
E lembrando: dedicação e persistência!!! Eis a receita!!!
terça-feira, 25 de março de 2008
AVALIATIVOS
Pessoal,
Só para relembrar os distraídos...
26/03 - Avaliativo Educação Física - Unipac
26/03 - Avaliativo Administração - Unipac
27/03 - Avaliativo Ciências Contábeis - Funcec
27/03 - Avaliativo Administração - Funcec
31/03 - Avaliativo Redes de Computadores - Funcec
31/03 - Avaliativo Letras - Funcec
04/04 - Avaliativo Pedagogia - Funcec
04/04 - Avaliativo Recursos Humanos - Funcec
Grande abraço a todos!!!!
Só para relembrar os distraídos...
26/03 - Avaliativo Educação Física - Unipac
26/03 - Avaliativo Administração - Unipac
27/03 - Avaliativo Ciências Contábeis - Funcec
27/03 - Avaliativo Administração - Funcec
31/03 - Avaliativo Redes de Computadores - Funcec
31/03 - Avaliativo Letras - Funcec
04/04 - Avaliativo Pedagogia - Funcec
04/04 - Avaliativo Recursos Humanos - Funcec
Grande abraço a todos!!!!
Saiba quais os dez piores erros cometidos num currículo
Por Larissa Leiros Baroni
Se você está em busca de um estágio ou de um emprego e não sabe nem por onde começar, aí vai a dica: comece pelo currículo. Ele é seu cartão de visita para o mercado de trabalho, por isso, cuide bem dele. É com o currículo que você faz o primeiro contato com a aquela tão almejada empresa. O documento bem-feito não é sinônimo de vaga garantida, mas é uma etapa importante. E qualquer escorregão pode prejudicar seriamente suas pretensões. Para ajudá-lo nessa missão, o Universia consultou diversos especialistas em recrutamento e seleção que apontaram algumas falhas que podem colocar tudo a perder. Confira!
Deixar passar erros de português ou digitação
"Dominar a Língua Portuguesa é um requisito básico e fundamental de qualquer processo seletivo. Por isso, fique atento para não cometer erros de ortografia, concordância e até mesmo de digitação no currículo. Você pode ser eliminado antes mesmo de ter a oportunidade de justificar o erro. A desatenção pode ser interpretada como despreparo. A dica é: revise o documento várias vezes antes de enviá-lo. Se preferir, peça para alguém que domine bem o idioma revisá-lo também."
Ana Rita Peres, gerente executiva da seccional de São Paulo da Associação Brasileira de Recursos Humanos.
Mentir
"Não vale a pena mentir. Ao analisar o currículo, o recrutador pode não identificar a mentira. No entanto, você pode ter uma grande surpresa no ato da entrevista pessoal. Pode ser submetido a um teste prático, por exemplo, e vai ficar muito feio para você. Isso é antiético e você pode ser eliminado do processo seletivo por bobeira. Seja verdadeiro. O currículo é feito para que ressalte seus pontos fortes. Nada de inventar informações só para deixá-lo mais completo."
Tania Casado, coordenadora do curso de especialização em Consultoria de Carreira da FIA (Fundação Instituto de Administração).
Ser prolixo
"Quem quer contar tudo no currículo, não tem a chance de falar nada. É um erro achar que quanto maior for o documento, melhor ele fica. O tempo que você tem para se apresentar ao selecionador é de, no máximo, dois minutos. Portanto, duas folhas são mais do que suficiente. Nada de tentar se enganar, por exemplo, ao diminuir o tamanho da fonte usada no documento. O ideal é ser conciso. Coloque no currículo apenas as informações úteis e necessárias. Ou seja, se você fez um curso de culinária e está em busca de uma vaga de secretariado, oculte esse dado. Afinal, não vai fazer a mínima diferença. Economize espaço para valorizar as características mais relevantes para a vaga pretendida. Tenha bom senso."
Marcelo Abrileri, presidente do Curriculum.com.br, site de recolocação e recrutamento on-line
Ser superficial
"O currículo deve ter as informações mínimas necessárias para que o selecionador o conheça. Quem lê o currículo não tem bola de cristal. Alguns dados, tais como local de formação, locais de trabalho, datas de ingresso e saída, descrição de cargos e de atividades desempenhadas, são fundamentais e não podem faltar. As datas não se resumem ao ano. O ideal é colocar pelo menos o mês. Evite usar abreviaturas e siglas, para facilitar o entendimento do recrutador. O documento deve realçar as realizações pessoais de maneira clara, organizada, lógica e simples. A objetividade passa credibilidade. Mas cuidado: ser generalista pode ser interpretado como imaturidade."
Sandra Schamas, palestrante e escritora do livro "Aumente a sua Empregabilidade".
Apontar distintos objetivos profissionais
"Um dos pontos mais importantes de um currículo é o objetivo. Ele é quem guia os caminhos do candidato e, em alguns casos, até os passos do selecionador. O recrutador muitas vezes começa a leitura do currículo pelo objetivo, se ele estiver alinhado com a vaga prossegue a leitura, caso contrário já o descarta. O objetivo deve ser construído de maneira pensada, estruturada, clara e convincente. Para isso, é preciso saber realmente o que você quer para a sua carreira profissional. Comece sempre com um verbo e nunca coloque a palavra 'almejo'. Duas ou três linhas são suficientes para descrever suas intenções profissionais. Apontar objetivos distintos pode demonstrar imaturidade e falta de foco."
Haroldo Sato, especialista em marketing pessoal e diretor de Recursos Humanos da Fast Shop.
Inserir documentos pessoais
"Nunca insira dados relativos a documentos pessoais, tais como CPF, RG, número da carteira de trabalho, título de eleitor ou de carteira de reservista. Essas informações são desnecessárias no processo de seleção, além do mais podem te trazer sérios transtornos. Os números dos documentos sigilosos podem cair na mão de pessoas erradas. No topo do currículo, coloque apenas o nome completo, idade, nacionalidade, estado civil, endereço completo, telefone, número do celular e e-mail. Lembre-se de manter esses dados atualizados, principalmente o número de telefone, já que esse será o meio de comunicação entre entrevistador e candidato. Indicar a pretensão salarial também é dispensável. Coloque-a apenas se solicitado. Esse é um assunto confidencial, que deve ser discutido no ato da entrevista pessoal."
Cíntia Holanda, consultora de Recursos Humanos da Catho.
Inserir fotos
"Não faça do seu currículo, um catálogo de fotos. Lembre-se: não é a sua aparência que é avaliada e, sim, os seus conhecimentos e experiências profissionais. Por isso, evite colocar fotos. Legalmente as empresas são proibidas de solicitar retratos dos seus candidatos, já que se trata de uma ação discriminatória. Mas se mesmo assim você optar pela foto, pense: 'qual é a imagem que eu quero passar para o recrutador?' Tenha bom senso. Nada de figuras sem camisa, de óculos escuros ou de biquíni. Escolha algo mais formal."
Alessandra Nogueira, gerente de recrutamento e seleção da Coca-Cola.
Deixar a estética de lado ou priorizá-la demais
"A preocupação excessiva com a estética, em alguns casos, pode ser subentendida como compensação de uma falha. Em contrapartida, currículos sujos e amassados demonstram que o candidato é desorganizado. O ideal é optar por folhas brancas e tipologia tradicional, tais como Times New Roman e Arial. Negritos, itálicos e sublinhados só devem ser usados para organizar as informações. Fugir do padrão, às vezes, aguça a curiosidade do recrutador. Porém, é importante identificar o tipo de empresa que faz a seleção. Se for uma instituição de perfil conservador, siga o modelo padrão. Caso contrário, pode-se inovar e usar a criatividade para se destacar no processo seletivo. Mas cuidado! Na dúvida, opte pela boa e velha folha branca."
Regina Silva, consultora de carreira e sócia-diretora do Instituto Gyraser.
Padronizar o currículo
"Um currículo se torna muito mais atraente aos olhos do selecionador se adequado ao perfil da empresa e da vaga pretendida. Para cada necessidade, é preciso uma redação diferente. As informações podem ser as mesmas, porém o ideal é ressaltar as características exigidas para o preenchimento da vaga. Se a sua experiência profissional for mais forte, priorize-a. Caso contrário enfatize o lado do estudo. O modelo do currículo é que tem que se adequar às suas necessidades e não você se pautar por um modelo padrão, que não vai te favorecer em nada. A dica é: procure informações sobre a empresa e faça uma boa pesquisa sobre a área em que gostaria de trabalhar para saber as informações que devem ser ressaltadas no próprio currículo e que, geralmente, serão as mais notadas pelo recrutador."
João Florêncio, professor da Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba) e consultor na área de educação continuada e gestão de carreiras.
Anexar documentos comprobatórios
"Não há necessidade de comprovar as informações descritas no currículo com a apresentação de documentos comprobatórios, tais como o diploma da graduação, a carta de recomendação do antigo trabalho ou, ainda, a cópia do passaporte com o carimbo da viagem para o exterior. Os documentos só devem ser apresentados, quando solicitado. Assinar ou rubricar o currículo também é desnecessário. O recrutador parte do pressuposto de que o candidato fala a verdade."
Maiti Junqueira, coordenadora de jovens profissionais da Across.
Veja os 10 erros fatais em uma entrevista de emprego
Se você está em busca de um estágio ou de um emprego e não sabe nem por onde começar, aí vai a dica: comece pelo currículo. Ele é seu cartão de visita para o mercado de trabalho, por isso, cuide bem dele. É com o currículo que você faz o primeiro contato com a aquela tão almejada empresa. O documento bem-feito não é sinônimo de vaga garantida, mas é uma etapa importante. E qualquer escorregão pode prejudicar seriamente suas pretensões. Para ajudá-lo nessa missão, o Universia consultou diversos especialistas em recrutamento e seleção que apontaram algumas falhas que podem colocar tudo a perder. Confira!
Deixar passar erros de português ou digitação
"Dominar a Língua Portuguesa é um requisito básico e fundamental de qualquer processo seletivo. Por isso, fique atento para não cometer erros de ortografia, concordância e até mesmo de digitação no currículo. Você pode ser eliminado antes mesmo de ter a oportunidade de justificar o erro. A desatenção pode ser interpretada como despreparo. A dica é: revise o documento várias vezes antes de enviá-lo. Se preferir, peça para alguém que domine bem o idioma revisá-lo também."
Ana Rita Peres, gerente executiva da seccional de São Paulo da Associação Brasileira de Recursos Humanos.
Mentir
"Não vale a pena mentir. Ao analisar o currículo, o recrutador pode não identificar a mentira. No entanto, você pode ter uma grande surpresa no ato da entrevista pessoal. Pode ser submetido a um teste prático, por exemplo, e vai ficar muito feio para você. Isso é antiético e você pode ser eliminado do processo seletivo por bobeira. Seja verdadeiro. O currículo é feito para que ressalte seus pontos fortes. Nada de inventar informações só para deixá-lo mais completo."
Tania Casado, coordenadora do curso de especialização em Consultoria de Carreira da FIA (Fundação Instituto de Administração).
Ser prolixo
"Quem quer contar tudo no currículo, não tem a chance de falar nada. É um erro achar que quanto maior for o documento, melhor ele fica. O tempo que você tem para se apresentar ao selecionador é de, no máximo, dois minutos. Portanto, duas folhas são mais do que suficiente. Nada de tentar se enganar, por exemplo, ao diminuir o tamanho da fonte usada no documento. O ideal é ser conciso. Coloque no currículo apenas as informações úteis e necessárias. Ou seja, se você fez um curso de culinária e está em busca de uma vaga de secretariado, oculte esse dado. Afinal, não vai fazer a mínima diferença. Economize espaço para valorizar as características mais relevantes para a vaga pretendida. Tenha bom senso."
Marcelo Abrileri, presidente do Curriculum.com.br, site de recolocação e recrutamento on-line
Ser superficial
"O currículo deve ter as informações mínimas necessárias para que o selecionador o conheça. Quem lê o currículo não tem bola de cristal. Alguns dados, tais como local de formação, locais de trabalho, datas de ingresso e saída, descrição de cargos e de atividades desempenhadas, são fundamentais e não podem faltar. As datas não se resumem ao ano. O ideal é colocar pelo menos o mês. Evite usar abreviaturas e siglas, para facilitar o entendimento do recrutador. O documento deve realçar as realizações pessoais de maneira clara, organizada, lógica e simples. A objetividade passa credibilidade. Mas cuidado: ser generalista pode ser interpretado como imaturidade."
Sandra Schamas, palestrante e escritora do livro "Aumente a sua Empregabilidade".
Apontar distintos objetivos profissionais
"Um dos pontos mais importantes de um currículo é o objetivo. Ele é quem guia os caminhos do candidato e, em alguns casos, até os passos do selecionador. O recrutador muitas vezes começa a leitura do currículo pelo objetivo, se ele estiver alinhado com a vaga prossegue a leitura, caso contrário já o descarta. O objetivo deve ser construído de maneira pensada, estruturada, clara e convincente. Para isso, é preciso saber realmente o que você quer para a sua carreira profissional. Comece sempre com um verbo e nunca coloque a palavra 'almejo'. Duas ou três linhas são suficientes para descrever suas intenções profissionais. Apontar objetivos distintos pode demonstrar imaturidade e falta de foco."
Haroldo Sato, especialista em marketing pessoal e diretor de Recursos Humanos da Fast Shop.
Inserir documentos pessoais
"Nunca insira dados relativos a documentos pessoais, tais como CPF, RG, número da carteira de trabalho, título de eleitor ou de carteira de reservista. Essas informações são desnecessárias no processo de seleção, além do mais podem te trazer sérios transtornos. Os números dos documentos sigilosos podem cair na mão de pessoas erradas. No topo do currículo, coloque apenas o nome completo, idade, nacionalidade, estado civil, endereço completo, telefone, número do celular e e-mail. Lembre-se de manter esses dados atualizados, principalmente o número de telefone, já que esse será o meio de comunicação entre entrevistador e candidato. Indicar a pretensão salarial também é dispensável. Coloque-a apenas se solicitado. Esse é um assunto confidencial, que deve ser discutido no ato da entrevista pessoal."
Cíntia Holanda, consultora de Recursos Humanos da Catho.
Inserir fotos
"Não faça do seu currículo, um catálogo de fotos. Lembre-se: não é a sua aparência que é avaliada e, sim, os seus conhecimentos e experiências profissionais. Por isso, evite colocar fotos. Legalmente as empresas são proibidas de solicitar retratos dos seus candidatos, já que se trata de uma ação discriminatória. Mas se mesmo assim você optar pela foto, pense: 'qual é a imagem que eu quero passar para o recrutador?' Tenha bom senso. Nada de figuras sem camisa, de óculos escuros ou de biquíni. Escolha algo mais formal."
Alessandra Nogueira, gerente de recrutamento e seleção da Coca-Cola.
Deixar a estética de lado ou priorizá-la demais
"A preocupação excessiva com a estética, em alguns casos, pode ser subentendida como compensação de uma falha. Em contrapartida, currículos sujos e amassados demonstram que o candidato é desorganizado. O ideal é optar por folhas brancas e tipologia tradicional, tais como Times New Roman e Arial. Negritos, itálicos e sublinhados só devem ser usados para organizar as informações. Fugir do padrão, às vezes, aguça a curiosidade do recrutador. Porém, é importante identificar o tipo de empresa que faz a seleção. Se for uma instituição de perfil conservador, siga o modelo padrão. Caso contrário, pode-se inovar e usar a criatividade para se destacar no processo seletivo. Mas cuidado! Na dúvida, opte pela boa e velha folha branca."
Regina Silva, consultora de carreira e sócia-diretora do Instituto Gyraser.
Padronizar o currículo
"Um currículo se torna muito mais atraente aos olhos do selecionador se adequado ao perfil da empresa e da vaga pretendida. Para cada necessidade, é preciso uma redação diferente. As informações podem ser as mesmas, porém o ideal é ressaltar as características exigidas para o preenchimento da vaga. Se a sua experiência profissional for mais forte, priorize-a. Caso contrário enfatize o lado do estudo. O modelo do currículo é que tem que se adequar às suas necessidades e não você se pautar por um modelo padrão, que não vai te favorecer em nada. A dica é: procure informações sobre a empresa e faça uma boa pesquisa sobre a área em que gostaria de trabalhar para saber as informações que devem ser ressaltadas no próprio currículo e que, geralmente, serão as mais notadas pelo recrutador."
João Florêncio, professor da Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba) e consultor na área de educação continuada e gestão de carreiras.
Anexar documentos comprobatórios
"Não há necessidade de comprovar as informações descritas no currículo com a apresentação de documentos comprobatórios, tais como o diploma da graduação, a carta de recomendação do antigo trabalho ou, ainda, a cópia do passaporte com o carimbo da viagem para o exterior. Os documentos só devem ser apresentados, quando solicitado. Assinar ou rubricar o currículo também é desnecessário. O recrutador parte do pressuposto de que o candidato fala a verdade."
Maiti Junqueira, coordenadora de jovens profissionais da Across.
Veja os 10 erros fatais em uma entrevista de emprego
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008
Sobre tratamento de imagens
Oi pessoal!!!
Muita gente tem me perguntando como foi tratada a foto que estou utilizando no blog.
Usei um programa muito simples, gratuito, baixado na net.
O Picasa é simples de usar e vc pode fazer muitas coisas legais com suas fotos, desde recortar, clarear ou escurecer, aplicar efeitos como peb, sépia entre outros até tratar olhos vermelhos e melhorar, em partes, uma foto um pouco "tremida".
Vale à pena baixá-lo!!! Experimente!
Abaixo, como exemplo, a foto original com algumas opções de tratamento:
Muita gente tem me perguntando como foi tratada a foto que estou utilizando no blog.
Usei um programa muito simples, gratuito, baixado na net.
O Picasa é simples de usar e vc pode fazer muitas coisas legais com suas fotos, desde recortar, clarear ou escurecer, aplicar efeitos como peb, sépia entre outros até tratar olhos vermelhos e melhorar, em partes, uma foto um pouco "tremida".
Vale à pena baixá-lo!!! Experimente!
Abaixo, como exemplo, a foto original com algumas opções de tratamento:
sábado, 23 de fevereiro de 2008
Sempre um papo
Além de ter a possibilidade de ir ao “Sempre Um Papo” (nas gravações em BH, confira cronograma no site) e conversar pessoalmente com seus ídolos literários, o público tem a opção de conferir esses encontros também pela TV.
Há quatro anos sendo exibido, semanalmente, para todo o país, o Programa Sempre Um Papo, o único do país que tem o formato de um bate-papo, pode ser visto pela TV Câmara (UHF, cabo e parabólicas), Internet (sites da Câmara dos Deputados e do Sempre Um Papo), recentemente pela TV Assembléia de Minas Gerais e, em breve, por outras TV’s Legislativas de todo o país. Ao todo já foram ao ar mais de 80 programas com pelo menos 60 convidados, seguindo a vocação de ser um projeto que concede espaço aos diferentes estilos.
O programa de televisão surgiu, curiosamente, a partir de um imprevisto. Rafael Araújo, coordenador de comunicação e novas mídias do projeto, conta que a TV Câmara faria uma entrevista com o escritor Luis Fernando Veríssimo – na ocasião, em Brasília. Como o tempo de entrevista era curto, a equipe ligou a câmera e decidiu gravar todo o evento. O material foi ao ar na íntegra e a audiência às alturas. Com o evento seguinte, a mesma coisa. O terceiro já era parte da programação da TV. Nascia, assim, o Programa Sempre Um Papo. “Hoje, inclusive, temos um cuidado maior com a estrutura dos eventos. Mesmo porque, queremos levar para a TV um programa impecável”, destaca Araújo. É o que o público, certamente, pode esperar sintonizando a TV.
Fonte: http://www.sempreumpapo.com.br/blog/index.php
Há quatro anos sendo exibido, semanalmente, para todo o país, o Programa Sempre Um Papo, o único do país que tem o formato de um bate-papo, pode ser visto pela TV Câmara (UHF, cabo e parabólicas), Internet (sites da Câmara dos Deputados e do Sempre Um Papo), recentemente pela TV Assembléia de Minas Gerais e, em breve, por outras TV’s Legislativas de todo o país. Ao todo já foram ao ar mais de 80 programas com pelo menos 60 convidados, seguindo a vocação de ser um projeto que concede espaço aos diferentes estilos.
O programa de televisão surgiu, curiosamente, a partir de um imprevisto. Rafael Araújo, coordenador de comunicação e novas mídias do projeto, conta que a TV Câmara faria uma entrevista com o escritor Luis Fernando Veríssimo – na ocasião, em Brasília. Como o tempo de entrevista era curto, a equipe ligou a câmera e decidiu gravar todo o evento. O material foi ao ar na íntegra e a audiência às alturas. Com o evento seguinte, a mesma coisa. O terceiro já era parte da programação da TV. Nascia, assim, o Programa Sempre Um Papo. “Hoje, inclusive, temos um cuidado maior com a estrutura dos eventos. Mesmo porque, queremos levar para a TV um programa impecável”, destaca Araújo. É o que o público, certamente, pode esperar sintonizando a TV.
Fonte: http://www.sempreumpapo.com.br/blog/index.php
Notícia boa
O MinC reformulou seu site há pouco tempo e, além de ter tornado mais fácil o acesso aos diversos conteúdos, como os editais em andamento, criou alguns blogs de assuntos específicos. Entre eles, ganham espaço próprio e de destaque os Pontos de Cultura, no blog Ponto Brasil, que veicula trechos dos programas que vão ao ar na recém-lançada Tv Brasil; e o Cultura Digital aborda os temas relacionados às tecnologias digitais e aos softwares livres, que têm possibilitado uma crescente democratização do acesso à informação e ao conhecimento de bens e serviços culturais. Informações do Portal Literal.
Fonte: PublishNews.
Fonte: PublishNews.
terça-feira, 19 de fevereiro de 2008
Para Administração e Ed.Física - São Gonçalo
Pessoal,
A postagem anterior, texto: "Cozinha" - Rubem Alves, deverá ser impresso pelas duas turmas.
Grande abraço!!!
A postagem anterior, texto: "Cozinha" - Rubem Alves, deverá ser impresso pelas duas turmas.
Grande abraço!!!
COZINHA - Rubem Alves
Qual é o lugar mais importante da sua casa? Eu acho que essa é uma boa pergunta para início de uma sessão de psicanálise. Porque quando a gente revela qual é o lugar mais importante da casa, a gente revela também o lugar preferido da alma. Nas Minas Gerais onde nasci o lugar mais importante era a cozinha. Não era o mais chique e nem o mais arrumado. Lugar chique e arrumado era a sala de visitas, com bibelôs, retratos ovais nas paredes, espelhos e tapetes no chão. Na sala de visitas as crianças se comportavam bem, era só sorrisos e todos usavam máscaras. Na cozinha era diferente: a gente era a gente mesmo, fogo, fome e alegria.
"Seria tão bom, como já foi...", diz a Adélia. A alma mineira vive de saudade. Tenho saudade do que já foi, as velhas cozinhas de Minas, com seus fogões de lenha, cascas de laranja secas, penduradas, para acender o fogo, bule de café sobre a chapa, lenha crepitando no fogo, o cheiro bom da fumaça, rostos vermelhos. Minha alma tem saudades dessas cozinhas antigas...
Fogo de fogão de lenha é diferente de todos os demais fogos. Veja o fogo de uma vela acesa sobre uma mesa. É fogo fácil. Basta encostar um fósforo aceso no pavio da vela para que ela se acenda. Não é preciso nem arte nem ciência. Até uma criança sabe. Só precisa um cuidado: deixar fechadas as janelas para que um vento súbito não apague a chama. O fogo do fogão é outra coisa. Bachelard notou a diferença: "A vela queima só. Não precisa de auxílio.
A chama solitária tem uma personalidade onírica diferente da do fogo na lareira. O homem, diante de um fogo prolixo pode ajudar a lenha a queimar, coloca uma acha suplementar no tempo devido. O homem que sabe se aquecer mantém uma atitude de Prometeu. Daí seu orgulho de atiçador perfeito..." Fogo de lareira é igual ao fogo do fogão de lenha. Antigamente não havia lareiras em nossas casas. O que havia era o fogo do fogão de lenha que era, a um tempo, fogo de lareira e fogo de cozinhar.
As pessoas da cidade, que só conhecem a chama dos fogões a gás, ignoram a arte que está por detrás de um fogão de lenha aceso. Se os paus grossos, os paus finos e os gravetos não forem colocados de forma certa, o fogo não pega. Isso exige ciência. E depois de aceso o fogo é preciso estar atento. É preciso colocar a acha suplementar, do tamanho certo, no lugar certo. Quem acende o fogo do fogão de lenha tem de ser também um atiçador.
O fogão de lenha nos faz voltar "às residências de outrora, as residências abandonadas mas que são, em nossos devaneios, fielmente habitadas" (Bachelard). Exupèry, no tempo em que os pilotos só podiam se orientar pelos fogos dos céus e os fogos da terra, conta de sua emoção solitária no céu escuro, ao vislumbrar, no meio da escuridão da terra, pequenas luzes: em algum lugar o fogo estava aceso e pessoas se aqueciam ao seu redor.
Já se disse que o homem surgiu quando a primeira canção foi cantada. Mas eu imagino que a primeira canção foi cantada ao redor do fogo, todos juntos se aquecendo do frio e se protegendo contra as feras. Antes da canção, o fogo. Um fogo aceso é um sacramento de comunhão solitária. Solitária porque a chama que crepita no fogão desperta sonhos que são só nossos. Mas os sonhos solitários se tornam comunhão quando se aquece e come.
Nas casas de Minas a cozinha ficava no fim da casa. Ficava no fim não por ser menos importante mas para ser protegida da presença de intrusos. Cozinha era intimidade. E também para ficar mais próxima do outro lugar de sonhos, a horta-jardim. Pois os jardins ficavam atrás. Lá estavam os manacás, o jasmim do imperador, as jabuticabeiras, laranjeiras e hortaliças. Era fácil sair da cozinha para colher xuxús, quiabo, abobrinhas, salsa, cebolinha, tomatinhos vermelhos, hortelã e, nas noites frias, folhas de laranjeira para fazer chá.
Ah! Como a arquitetura seria diferente se os arquitetos conhecessem também os mistérios da alma! Se Niemeyer tivesse feito terapia, Brasília seria outra. Brasília é arquitetura de arquitetos sem alma. Se eu fosse arquiteto minhas casas seriam planejadas em torno da cozinha. Das coisas boas que encontrei nos Estados Unidos nos tempos em que lá vivi estava o jeito de fazer as casas: a sala de estar, a sala de jantar, os livros, a escrivaninha, o aparelho de som, o jardim, todos integrados num enorme espaço integrado na cozinha. Todos podiam participar do ritual de cozinhar, enquanto ouviam música e conversavam. O ato de cozinhar, assim, era parte da convivência de família e amigos, e não apenas o ato de comer. Eu acho que nosso costume de fazer cozinhas isoladas do resto da casa é uma reminiscência dos tempos em que elas eram lugar de cozinheiras negras escravas, enquanto as sinhás e sinhazinhas se dedicavam, em lugares mais limpos, a atividades próprias de dondocas como o ponto de cruz, o frivolité, o crivo, a pintura e a música. Se alguém me dissesse, arquiteto, que o seu desejo era uma cozinha funcional e prática, eu imediatamente compreenderia que nossos sonhos não combinavam, delicadamente me despediria e lhes passaria o cartão de visitas de um arquiteto sem memórias de cozinhas de Minas.
As cozinhas de fogão de lenha não resistiram ao fascínio do progresso. As donas de casa, em Minas, por medo de serem consideradas pobres, dotaram suas casas de modernas cozinhas funcionais, onde o limpíssimo e apagado fogão à gás tomou o lugar do velho fogão de lenha. As cozinhas, agora, são extensões da sala de visitas. Mas isto é só para enganar. A alma delas continua a morar nas cozinhas velhas, agora transferidas para o quintal, onde a vida é como sempre foi. Lá é tão bom, porque é como já foi.
Eu gostaria de ser muitas coisas que não tive tempo e competência para ser. A vida é curta e as artes são muitas. Gostaria de ser pianista, jardineiro, artista de ferro e vidro - talvez monge. E gostaria de ter sido um cozinheiro. Babette. Tita. Meu pai adorava cozinhar. Eu me lembro dele preparando os peixes, cuidadosamente puxando a linha que percorre o corpo dos papa-terras, curimbas, para que não ficassem com gosto de terra. E me lembro do seu rosto iluminado ao trazer para a mesa o peixe assado no forno.
Faz tempo, num espaço meu, eu gostava de reunir casais amigos uma vez por mês para cozinhar. Não os convidava para jantar. Convidava para cozinhar. A festa começava cedo, lá pelas seis da tarde. E todos se punham a trabalhar, descascando cebola, cortando tomates, preparando as carnes. Dizia Guimarães Rosa: "a coisa não está nem na partida e nem na chegada, mas na travessia." Comer é a chegada. Passa rápido. Mas a travessia é longa. Era na travessia que estava o nosso maior prazer. A gente ia cozinhando, bebericando, beliscando petiscos, rindo, conversando. Ao final, lá pelas onze, a gente comia. Naqueles tempos o que já tinha sido voltava a ser. A gente era feliz.
Sinto-me feliz cozinhando. Não sou cozinheiro. Preparo pratos simples. Gosto de inventar. O que mais gosto de fazer são as sopas. Vaca atolada, sopa de fubá, sopa de abóbora com maracujá, sopa de beringela, sopa da mandioquinha com manga, sopa de coentro... Você já ouviu falar em sopa de coentro? É sopa de portugueses pobres, deliciosa, com muito azeite e pão torrado. A sopa desce quente e, chegando no estômago, confirma...A culinária leva a gente bem próximo das feiticeiras. Como a Babette (A festa de Babette) e a Tita (Como água para chocolate)... (Correio Popular, Caderno C, 19/03/2000.)
http://www.rubemalves.com.br/cozinha.htm acessado em 19/02/2008 às 15h
"Seria tão bom, como já foi...", diz a Adélia. A alma mineira vive de saudade. Tenho saudade do que já foi, as velhas cozinhas de Minas, com seus fogões de lenha, cascas de laranja secas, penduradas, para acender o fogo, bule de café sobre a chapa, lenha crepitando no fogo, o cheiro bom da fumaça, rostos vermelhos. Minha alma tem saudades dessas cozinhas antigas...
Fogo de fogão de lenha é diferente de todos os demais fogos. Veja o fogo de uma vela acesa sobre uma mesa. É fogo fácil. Basta encostar um fósforo aceso no pavio da vela para que ela se acenda. Não é preciso nem arte nem ciência. Até uma criança sabe. Só precisa um cuidado: deixar fechadas as janelas para que um vento súbito não apague a chama. O fogo do fogão é outra coisa. Bachelard notou a diferença: "A vela queima só. Não precisa de auxílio.
A chama solitária tem uma personalidade onírica diferente da do fogo na lareira. O homem, diante de um fogo prolixo pode ajudar a lenha a queimar, coloca uma acha suplementar no tempo devido. O homem que sabe se aquecer mantém uma atitude de Prometeu. Daí seu orgulho de atiçador perfeito..." Fogo de lareira é igual ao fogo do fogão de lenha. Antigamente não havia lareiras em nossas casas. O que havia era o fogo do fogão de lenha que era, a um tempo, fogo de lareira e fogo de cozinhar.
As pessoas da cidade, que só conhecem a chama dos fogões a gás, ignoram a arte que está por detrás de um fogão de lenha aceso. Se os paus grossos, os paus finos e os gravetos não forem colocados de forma certa, o fogo não pega. Isso exige ciência. E depois de aceso o fogo é preciso estar atento. É preciso colocar a acha suplementar, do tamanho certo, no lugar certo. Quem acende o fogo do fogão de lenha tem de ser também um atiçador.
O fogão de lenha nos faz voltar "às residências de outrora, as residências abandonadas mas que são, em nossos devaneios, fielmente habitadas" (Bachelard). Exupèry, no tempo em que os pilotos só podiam se orientar pelos fogos dos céus e os fogos da terra, conta de sua emoção solitária no céu escuro, ao vislumbrar, no meio da escuridão da terra, pequenas luzes: em algum lugar o fogo estava aceso e pessoas se aqueciam ao seu redor.
Já se disse que o homem surgiu quando a primeira canção foi cantada. Mas eu imagino que a primeira canção foi cantada ao redor do fogo, todos juntos se aquecendo do frio e se protegendo contra as feras. Antes da canção, o fogo. Um fogo aceso é um sacramento de comunhão solitária. Solitária porque a chama que crepita no fogão desperta sonhos que são só nossos. Mas os sonhos solitários se tornam comunhão quando se aquece e come.
Nas casas de Minas a cozinha ficava no fim da casa. Ficava no fim não por ser menos importante mas para ser protegida da presença de intrusos. Cozinha era intimidade. E também para ficar mais próxima do outro lugar de sonhos, a horta-jardim. Pois os jardins ficavam atrás. Lá estavam os manacás, o jasmim do imperador, as jabuticabeiras, laranjeiras e hortaliças. Era fácil sair da cozinha para colher xuxús, quiabo, abobrinhas, salsa, cebolinha, tomatinhos vermelhos, hortelã e, nas noites frias, folhas de laranjeira para fazer chá.
Ah! Como a arquitetura seria diferente se os arquitetos conhecessem também os mistérios da alma! Se Niemeyer tivesse feito terapia, Brasília seria outra. Brasília é arquitetura de arquitetos sem alma. Se eu fosse arquiteto minhas casas seriam planejadas em torno da cozinha. Das coisas boas que encontrei nos Estados Unidos nos tempos em que lá vivi estava o jeito de fazer as casas: a sala de estar, a sala de jantar, os livros, a escrivaninha, o aparelho de som, o jardim, todos integrados num enorme espaço integrado na cozinha. Todos podiam participar do ritual de cozinhar, enquanto ouviam música e conversavam. O ato de cozinhar, assim, era parte da convivência de família e amigos, e não apenas o ato de comer. Eu acho que nosso costume de fazer cozinhas isoladas do resto da casa é uma reminiscência dos tempos em que elas eram lugar de cozinheiras negras escravas, enquanto as sinhás e sinhazinhas se dedicavam, em lugares mais limpos, a atividades próprias de dondocas como o ponto de cruz, o frivolité, o crivo, a pintura e a música. Se alguém me dissesse, arquiteto, que o seu desejo era uma cozinha funcional e prática, eu imediatamente compreenderia que nossos sonhos não combinavam, delicadamente me despediria e lhes passaria o cartão de visitas de um arquiteto sem memórias de cozinhas de Minas.
As cozinhas de fogão de lenha não resistiram ao fascínio do progresso. As donas de casa, em Minas, por medo de serem consideradas pobres, dotaram suas casas de modernas cozinhas funcionais, onde o limpíssimo e apagado fogão à gás tomou o lugar do velho fogão de lenha. As cozinhas, agora, são extensões da sala de visitas. Mas isto é só para enganar. A alma delas continua a morar nas cozinhas velhas, agora transferidas para o quintal, onde a vida é como sempre foi. Lá é tão bom, porque é como já foi.
Eu gostaria de ser muitas coisas que não tive tempo e competência para ser. A vida é curta e as artes são muitas. Gostaria de ser pianista, jardineiro, artista de ferro e vidro - talvez monge. E gostaria de ter sido um cozinheiro. Babette. Tita. Meu pai adorava cozinhar. Eu me lembro dele preparando os peixes, cuidadosamente puxando a linha que percorre o corpo dos papa-terras, curimbas, para que não ficassem com gosto de terra. E me lembro do seu rosto iluminado ao trazer para a mesa o peixe assado no forno.
Faz tempo, num espaço meu, eu gostava de reunir casais amigos uma vez por mês para cozinhar. Não os convidava para jantar. Convidava para cozinhar. A festa começava cedo, lá pelas seis da tarde. E todos se punham a trabalhar, descascando cebola, cortando tomates, preparando as carnes. Dizia Guimarães Rosa: "a coisa não está nem na partida e nem na chegada, mas na travessia." Comer é a chegada. Passa rápido. Mas a travessia é longa. Era na travessia que estava o nosso maior prazer. A gente ia cozinhando, bebericando, beliscando petiscos, rindo, conversando. Ao final, lá pelas onze, a gente comia. Naqueles tempos o que já tinha sido voltava a ser. A gente era feliz.
Sinto-me feliz cozinhando. Não sou cozinheiro. Preparo pratos simples. Gosto de inventar. O que mais gosto de fazer são as sopas. Vaca atolada, sopa de fubá, sopa de abóbora com maracujá, sopa de beringela, sopa da mandioquinha com manga, sopa de coentro... Você já ouviu falar em sopa de coentro? É sopa de portugueses pobres, deliciosa, com muito azeite e pão torrado. A sopa desce quente e, chegando no estômago, confirma...A culinária leva a gente bem próximo das feiticeiras. Como a Babette (A festa de Babette) e a Tita (Como água para chocolate)... (Correio Popular, Caderno C, 19/03/2000.)
http://www.rubemalves.com.br/cozinha.htm acessado em 19/02/2008 às 15h
sábado, 16 de fevereiro de 2008
Para aula de 3ª - 19/02 - Educação Física e ADM -São Gonçalo
Pessoal,
Providenciem o xerox da apostila "A Estrutura do Parágrafo".
Espero vcs!
Grande abraço!!!
Providenciem o xerox da apostila "A Estrutura do Parágrafo".
Espero vcs!
Grande abraço!!!
Endereço comentado em sala - Ed. Física
Copiem e colem no navegador de vcs:
http://bbb.globo.com/BBB8/0,,RS0-9450,00.html?sexo=&idade=&estado=estado%3AMG&cidade=cidade%3A%22Jo%C3%A3o+Monlevade%22&query=&buscar=buscar&offset=2
http://bbb.globo.com/BBB8/0,,RS0-9450,00.html?sexo=&idade=&estado=estado%3AMG&cidade=cidade%3A%22Jo%C3%A3o+Monlevade%22&query=&buscar=buscar&offset=2
Para turma de Educação Física
Tênis e Frescobol
Rubem Alves
Depois de muito meditar sobre o assunto concluí que os casamentos são de dois tipos: há os casamentos do tipo tênis e há os casamentos do tipo frescobol. Os casamentos do tipo tênis são uma fonte de raiva e ressentimentos e terminam sempre mal. Os casamentos do tipo frescobol são uma fonte de alegria e têm a chance de ter vida longa.
Explico-me. Para começar, uma afirmação de Nietzsche, com a qual concordo inteiramente. Dizia ele: ‘Ao pensar sobre a possibilidade do casamento cada um deveria se fazer a seguinte pergunta: ‘Você crê que seria capaz de conversar com prazer com esta pessoa até a sua velhice?\' Tudo o mais no casamento é transitório, mas as relações que desafiam o tempo são aquelas construídas sobre a arte de conversar.’
Xerazade sabia disso. Sabia que os casamentos baseados nos prazeres da cama são sempre decapitados pela manhã, terminam em separação, pois os prazeres do sexo se esgotam rapidamente, terminam na morte, como no filme O império dos sentidos. Por isso, quando o sexo já estava morto na cama, e o amor não mais se podia dizer através dele, ela o ressuscitava pela magia da palavra: começava uma longa conversa, conversa sem fim, que deveria durar mil e uma noites. O sultão se calava e escutava as suas palavras como se fossem música. A música dos sons ou da palavra - é a sexualidade sob a forma da eternidade: é o amor que ressuscita sempre, depois de morrer. Há os carinhos que se fazem com o corpo e há os carinhos que se fazem com as palavras. E contrariamente ao que pensam os amantes inexperientes, fazer carinho com as palavras não é ficar repetindo o tempo todo: ‘Eu te amo, eu te amo...’ Barthes advertia: ‘Passada a primeira confissão, ‘eu te amo\' não quer dizer mais nada.’ É na conversa que o nosso verdadeiro corpo se mostra, não em sua nudez anatômica, mas em sua nudez poética. Recordo a sabedoria de Adélia Prado: ‘Erótica é a alma.’
O tênis é um jogo feroz. O seu objetivo é derrotar o adversário. E a sua derrota se revela no seu erro: o outro foi incapaz de devolver a bola. Joga-se tênis para fazer o outro errar. O bom jogador é aquele que tem a exata noção do ponto fraco do seu adversário, e é justamente para aí que ele vai dirigir a sua cortada - palavra muito sugestiva, que indica o seu objetivo sádico, que é o de cortar, interromper, derrotar. O prazer do tênis se encontra, portanto, justamente no momento em que o jogo não pode mais continuar porque o adversário foi colocado fora de jogo. Termina sempre com a alegria de um e a tristeza de outro.
O frescobol se parece muito com o tênis: dois jogadores, duas raquetes e uma bola. Só que, para o jogo ser bom, é preciso que nenhum dos dois perca. Se a bola veio meio torta, a gente sabe que não foi de propósito e faz o maior esforço do mundo para devolvê-la gostosa, no lugar certo, para que o outro possa pegá-la. Não existe adversário porque não há ninguém a ser derrotado. Aqui ou os dois ganham ou ninguém ganha. E ninguém fica feliz quando o outro erra - pois o que se deseja é que ninguém erre. O erro de um, no frescobol, é como ejaculação precoce: um acidente lamentável que não deveria ter acontecido, pois o gostoso mesmo é aquele ir e vir, ir e vir, ir e vir... E o que errou pede desculpas; e o que provocou o erro se sente culpado. Mas não tem importância: começa-se de novo este delicioso jogo em que ninguém marca pontos...
A bola: são as nossas fantasias, irrealidades, sonhos sob a forma de palavras. Conversar é ficar batendo sonho pra lá, sonho pra cá...
Mas há casais que jogam com os sonhos como se jogassem tênis. Ficam à espera do momento certo para a cortada. Camus anotava no seu diário pequenos fragmentos para os livros que pretendia escrever. Um deles, que se encontra nos Primeiros cadernos, é sobre este jogo de tênis: ‘Cena: o marido, a mulher, a galeria. O primeiro tem valor e gosta de brilhar. A segunda guarda silêncio, mas, com pequenas frases secas, destrói todos os propósitos do caro esposo. Desta forma marca constantemente a sua superioridade. O outro domina-se, mas sofre uma humilhação e é assim que nasce o ódio. Exemplo: com um sorriso: ‘Não se faça mais estúpido do que é, meu amigo\'. A galeria torce e sorri pouco à vontade. Ele cora, aproxima-se dela, beija-lhe a mão suspirando: ‘Tens razão, minha querida\'. A situação está salva e o ódio vai aumentando.’
Tênis é assim: recebe-se o sonho do outro para destruí-lo, arrebentá-lo, como bolha de sabão... O que se busca é ter razão e o que se ganha é o distanciamento. Aqui, quem ganha sempre perde.
Já no frescobol é diferente: o sonho do outro é um brinquedo que deve ser preservado, pois se sabe que, se é sonho, é coisa delicada, do coração. O bom ouvinte é aquele que, ao falar, abre espaços para que as bolhas de sabão do outro voem livres. Bola vai, bola vem - cresce o amor... Ninguém ganha para que os dois ganhem. E se deseja então que o outro viva sempre, eternamente, para que o jogo nunca tenha fim...
Fonte: Livro “O retorno e terno”, p. 51.
Rubem Alves
Depois de muito meditar sobre o assunto concluí que os casamentos são de dois tipos: há os casamentos do tipo tênis e há os casamentos do tipo frescobol. Os casamentos do tipo tênis são uma fonte de raiva e ressentimentos e terminam sempre mal. Os casamentos do tipo frescobol são uma fonte de alegria e têm a chance de ter vida longa.
Explico-me. Para começar, uma afirmação de Nietzsche, com a qual concordo inteiramente. Dizia ele: ‘Ao pensar sobre a possibilidade do casamento cada um deveria se fazer a seguinte pergunta: ‘Você crê que seria capaz de conversar com prazer com esta pessoa até a sua velhice?\' Tudo o mais no casamento é transitório, mas as relações que desafiam o tempo são aquelas construídas sobre a arte de conversar.’
Xerazade sabia disso. Sabia que os casamentos baseados nos prazeres da cama são sempre decapitados pela manhã, terminam em separação, pois os prazeres do sexo se esgotam rapidamente, terminam na morte, como no filme O império dos sentidos. Por isso, quando o sexo já estava morto na cama, e o amor não mais se podia dizer através dele, ela o ressuscitava pela magia da palavra: começava uma longa conversa, conversa sem fim, que deveria durar mil e uma noites. O sultão se calava e escutava as suas palavras como se fossem música. A música dos sons ou da palavra - é a sexualidade sob a forma da eternidade: é o amor que ressuscita sempre, depois de morrer. Há os carinhos que se fazem com o corpo e há os carinhos que se fazem com as palavras. E contrariamente ao que pensam os amantes inexperientes, fazer carinho com as palavras não é ficar repetindo o tempo todo: ‘Eu te amo, eu te amo...’ Barthes advertia: ‘Passada a primeira confissão, ‘eu te amo\' não quer dizer mais nada.’ É na conversa que o nosso verdadeiro corpo se mostra, não em sua nudez anatômica, mas em sua nudez poética. Recordo a sabedoria de Adélia Prado: ‘Erótica é a alma.’
O tênis é um jogo feroz. O seu objetivo é derrotar o adversário. E a sua derrota se revela no seu erro: o outro foi incapaz de devolver a bola. Joga-se tênis para fazer o outro errar. O bom jogador é aquele que tem a exata noção do ponto fraco do seu adversário, e é justamente para aí que ele vai dirigir a sua cortada - palavra muito sugestiva, que indica o seu objetivo sádico, que é o de cortar, interromper, derrotar. O prazer do tênis se encontra, portanto, justamente no momento em que o jogo não pode mais continuar porque o adversário foi colocado fora de jogo. Termina sempre com a alegria de um e a tristeza de outro.
O frescobol se parece muito com o tênis: dois jogadores, duas raquetes e uma bola. Só que, para o jogo ser bom, é preciso que nenhum dos dois perca. Se a bola veio meio torta, a gente sabe que não foi de propósito e faz o maior esforço do mundo para devolvê-la gostosa, no lugar certo, para que o outro possa pegá-la. Não existe adversário porque não há ninguém a ser derrotado. Aqui ou os dois ganham ou ninguém ganha. E ninguém fica feliz quando o outro erra - pois o que se deseja é que ninguém erre. O erro de um, no frescobol, é como ejaculação precoce: um acidente lamentável que não deveria ter acontecido, pois o gostoso mesmo é aquele ir e vir, ir e vir, ir e vir... E o que errou pede desculpas; e o que provocou o erro se sente culpado. Mas não tem importância: começa-se de novo este delicioso jogo em que ninguém marca pontos...
A bola: são as nossas fantasias, irrealidades, sonhos sob a forma de palavras. Conversar é ficar batendo sonho pra lá, sonho pra cá...
Mas há casais que jogam com os sonhos como se jogassem tênis. Ficam à espera do momento certo para a cortada. Camus anotava no seu diário pequenos fragmentos para os livros que pretendia escrever. Um deles, que se encontra nos Primeiros cadernos, é sobre este jogo de tênis: ‘Cena: o marido, a mulher, a galeria. O primeiro tem valor e gosta de brilhar. A segunda guarda silêncio, mas, com pequenas frases secas, destrói todos os propósitos do caro esposo. Desta forma marca constantemente a sua superioridade. O outro domina-se, mas sofre uma humilhação e é assim que nasce o ódio. Exemplo: com um sorriso: ‘Não se faça mais estúpido do que é, meu amigo\'. A galeria torce e sorri pouco à vontade. Ele cora, aproxima-se dela, beija-lhe a mão suspirando: ‘Tens razão, minha querida\'. A situação está salva e o ódio vai aumentando.’
Tênis é assim: recebe-se o sonho do outro para destruí-lo, arrebentá-lo, como bolha de sabão... O que se busca é ter razão e o que se ganha é o distanciamento. Aqui, quem ganha sempre perde.
Já no frescobol é diferente: o sonho do outro é um brinquedo que deve ser preservado, pois se sabe que, se é sonho, é coisa delicada, do coração. O bom ouvinte é aquele que, ao falar, abre espaços para que as bolhas de sabão do outro voem livres. Bola vai, bola vem - cresce o amor... Ninguém ganha para que os dois ganhem. E se deseja então que o outro viva sempre, eternamente, para que o jogo nunca tenha fim...
Fonte: Livro “O retorno e terno”, p. 51.
segunda-feira, 21 de janeiro de 2008
Brincando... Férias??? rsrsrs
terça-feira, 15 de janeiro de 2008
Projeto Navegar é Preciso
segunda-feira, 14 de janeiro de 2008
domingo, 13 de janeiro de 2008
sábado, 12 de janeiro de 2008
Recebi como sendo um texto do Drummond... Não conhecia... Mas a leitura é deliciosa!
Contribuição da amiga Juliana Pulit.
O SOTAQUE DAS MINEIRAS
O sotaque das mineiras deveria ser ilegal, imoral ou engordar.
Porque, se tudo que é bom tem um desses horríveis efeitos colaterais, como é que o falar, sensual e lindo ficou de fora?
Porque, Deus, que sotaque!
Mineira devia nascer com tarja preta avisando: ouvi-la faz mal à saúde. Se uma mineira, falando mansinho, me pedir para assinar um contrato doando tudo que tenho, sou capaz de perguntar: só isso? Assino achando que ela me faz um favor.
Eu sou suspeitíssimo. Confesso: esse sotaque me desarma.
Certa vez quase propus casamento a uma menina que me ligou por engano, só pelo sotaque. Os mineiros têm um ódio mortal das palavras completas. Preferem, sabe-se lá por que, abandoná-las no meio do caminho (não dizem: pode parar, dizem: 'pó parar').
Os não-mineiros, ignorantes nas coisas de Minas, supõem, precipitada e levianamente, que os mineiros vivem - lingüisticamente falando - apenas de uais, trens e sôs.
Digo-lhes que não. Mineiro não fala que o sujeito é competente em tal ou qual atividade. Fala que ele é bom de serviço. Pouco importa que seja um juiz de direito, um jogador de futebol ou um ator de filme pornô. Se der no couro - metaforicamente falando, claro - ele é bom de serviço. Faz sentido...
Mineiras não usam o famosíssimo tudo bem. Sempre que duas mineiras se encontram, uma delas há de perguntar pra outra: 'cê tá boa?'
Para mim, isso é pleonasmo. Perguntar para uma mineira se ela tá boa é desnecessário.
Vamos supor que você esteja tendo um caso com uma mulher casada. Um amigo seu, se for mineiro, vai chegar e dizer: Mexe com isso não, sô (leia-se: sai dessa, é fria, etc). O verbo 'mexer', para os mineiros, tem os mais amplos significados. Quer dizer, por exemplo, trabalhar.
Se lhe perguntarem com que você mexe, não fique ofendido. Querem saber o seu ofício.
Os mineiros também não gostam do verbo conseguir. Aqui ninguém consegue nada.. Você não dá conta. Sôcê (se você) acha que não vai chegar a tempo, você liga e diz:
Aqui, não vou dar conta de chegar na hora, não,sô.
Esse 'aqui' é outro que só tem aqui. É antecedente obrigatório, sob pena de punição pública, de qualquer frase. É mais usada, no entanto, quando você quer falar e não estão lhe dando muita atenção: é uma forma de dizer, 'olá, me escutem, por favor'.
É a última instância antes de jogar um pão de queijo na cabeça do interlocutor.
Mineiras não dizem 'apaixonado por'. Dizem, sabe-se lá por que, 'pêxonado com' . Soa engraçado aos ouvidos forasteiros. Ouve-se a toda hora: 'Ah, eu pêxonei com ele...'.
Ou: 'sou doida com ele' (ele, no caso, pode ser você, um carro, um cachorro). Elas vivem apaixonadas 'com' alguma coisa.
Que os mineiros não acabam as palavras, todo mundo sabe. É um tal de 'bonitim', 'fechadim', e por aí vai. Já me acostumei a ouvir: 'E aí, vão?'. Traduzo: 'E aí, vamos?'.
Não caia na besteira de esperar um 'vamos' completo de uma mineira. Não ouvirá nunca. Eu preciso avisar à língua portuguesa que gosto muito dela, mas prefiro, com todo respeito, a mineira. Nada pessoal. Aqui certas regras não entram. São barradas pelas montanhas.
No supermercado, não faz muitas compras, ele compra 'um tanto de côsa'. O supermercado não estará lotado, ele terá 'um tanto de gente'. Se a fila do caixa não anda, é porque está 'agarrando' [aliás, 'garrando'] lá na frente. Entendeu? Agarrar é garrar, ora!
Se, saindo do supermercado, a mineirinha vir um mendigo e ficar com pena, suspirará: Ai, gente, que dó. É provável que a essa altura o leitor já esteja apaixonado pelas mineiras.
Não vem caçar confusão pro meu lado. Porque, devo dizer, mineiro não arruma briga, mineiro 'caça confusão'.
Se você quiser dizer que tal sujeito é arruaceiro, é melhor falar, para se fazer entendido, que ele 'vive caçando confusão'.
Para uma mineira falar do meu desempenho sexual, ou dizer que algo é muitíssimo bom vai dizer: 'Ô, é sem noção'.
Entendeu, leitora? É sem noção! Você não tem, leitora, idéia do 'tanto de bom' que é. Só não esqueça, por favor, o 'Ô' no começo, porque sem ele não dá para dar noção do tanto que algo é sem noção, entendeu?
Capaz... Se você propõe algo e ela diz: capaz!!!
Vocês já ouviram esse 'capaz'? É lindo. Quer dizer o quê? Sei lá, quer dizer 'ce acha que eu faço isso'? com algumas toneladas de ironia... Se você ameaçar casar com a Gisele Bundchen, ela dirá: 'Ô dó dôcê'. Entendeu? Não?
Deixa para lá.
É parecido com o 'nem...'. Já ouviu o 'nem...'? Completo ele fica:- Ah, nem... O que significa? Significa, amigo leitor, que a mineira que o pronunciou não fará o que você propôs de jeito nenhum. Mas de jeito nenhum.
Você diz: 'Meu amor, cê anima de comer um tropeiro no Mineirão?'. Resposta: 'Nem...' Ainda não entendeu? Uai, nem é nem.
Leitor, você é meio burrinho ou é impressão? A propósito, um mineiro não pergunta: 'você não vai?'. A pergunta, mineiramente falando, seria: 'cê não anima de ir'? Tão simples. O resto do Brasil complica tudo.
É, ué, cês dão umas volta pra falar os trem... Falando em 'ei...'. As mineiras falam assim, usando, curiosamente, o 'ei' no lugar do 'oi'.
Você liga, e elas atendem lindamente: 'eiiii!!!', com muitos pontos de exclamação, a depender da saudade... Tem tantos outros...
O plural, então, é um problema. Um lindo problema, mas um problema. Sou, não nego, suspeito. Minha inclinação é para perdoar, com louvor, os deslizes vocabulares das mineiras.
Aliás, deslizes nada. Só porque aqui a língua é outra, não quer dizer que a oficial esteja com a razão. Se você, em conversa, falar: Ah, fui lá comprar umas coisas... Que' s côsa? - ela retrucará. O plural dá um pulo. Sai das coisas e vai para o que.
Ouvi de uma menina culta um 'pelas metade' , no lugar de 'pela metade'. E se você acusar injustamente uma mineira, ela, chorosa, confidenciará: Ele pôs a culpa 'ni mim'.
A conjugação dos verbos tem lá seus mistérios em Minas...
Ontem, uma senhora docemente me consolou: 'prôcupa não, bobo!'. E meus ouvidos, já acostumados às ingênuas conjugações mineiras, nem se espantam. Talvez se espantassem se ouvissem um: 'não se preocupe', ou algo assim.
A fórmula mineira é sintética. E diz tudo. Até o 'tchau' em Minas é personalizado. Ninguém diz tchau pura e simplesmente.
Aqui se diz: 'tchau procê', 'tchau procês'. É útil deixar claro o destinatário do tchau.
Então... mas q é outra lingua é...'sô'
(Carlos Drummond de Andrade)
O SOTAQUE DAS MINEIRAS
O sotaque das mineiras deveria ser ilegal, imoral ou engordar.
Porque, se tudo que é bom tem um desses horríveis efeitos colaterais, como é que o falar, sensual e lindo ficou de fora?
Porque, Deus, que sotaque!
Mineira devia nascer com tarja preta avisando: ouvi-la faz mal à saúde. Se uma mineira, falando mansinho, me pedir para assinar um contrato doando tudo que tenho, sou capaz de perguntar: só isso? Assino achando que ela me faz um favor.
Eu sou suspeitíssimo. Confesso: esse sotaque me desarma.
Certa vez quase propus casamento a uma menina que me ligou por engano, só pelo sotaque. Os mineiros têm um ódio mortal das palavras completas. Preferem, sabe-se lá por que, abandoná-las no meio do caminho (não dizem: pode parar, dizem: 'pó parar').
Os não-mineiros, ignorantes nas coisas de Minas, supõem, precipitada e levianamente, que os mineiros vivem - lingüisticamente falando - apenas de uais, trens e sôs.
Digo-lhes que não. Mineiro não fala que o sujeito é competente em tal ou qual atividade. Fala que ele é bom de serviço. Pouco importa que seja um juiz de direito, um jogador de futebol ou um ator de filme pornô. Se der no couro - metaforicamente falando, claro - ele é bom de serviço. Faz sentido...
Mineiras não usam o famosíssimo tudo bem. Sempre que duas mineiras se encontram, uma delas há de perguntar pra outra: 'cê tá boa?'
Para mim, isso é pleonasmo. Perguntar para uma mineira se ela tá boa é desnecessário.
Vamos supor que você esteja tendo um caso com uma mulher casada. Um amigo seu, se for mineiro, vai chegar e dizer: Mexe com isso não, sô (leia-se: sai dessa, é fria, etc). O verbo 'mexer', para os mineiros, tem os mais amplos significados. Quer dizer, por exemplo, trabalhar.
Se lhe perguntarem com que você mexe, não fique ofendido. Querem saber o seu ofício.
Os mineiros também não gostam do verbo conseguir. Aqui ninguém consegue nada.. Você não dá conta. Sôcê (se você) acha que não vai chegar a tempo, você liga e diz:
Aqui, não vou dar conta de chegar na hora, não,sô.
Esse 'aqui' é outro que só tem aqui. É antecedente obrigatório, sob pena de punição pública, de qualquer frase. É mais usada, no entanto, quando você quer falar e não estão lhe dando muita atenção: é uma forma de dizer, 'olá, me escutem, por favor'.
É a última instância antes de jogar um pão de queijo na cabeça do interlocutor.
Mineiras não dizem 'apaixonado por'. Dizem, sabe-se lá por que, 'pêxonado com' . Soa engraçado aos ouvidos forasteiros. Ouve-se a toda hora: 'Ah, eu pêxonei com ele...'.
Ou: 'sou doida com ele' (ele, no caso, pode ser você, um carro, um cachorro). Elas vivem apaixonadas 'com' alguma coisa.
Que os mineiros não acabam as palavras, todo mundo sabe. É um tal de 'bonitim', 'fechadim', e por aí vai. Já me acostumei a ouvir: 'E aí, vão?'. Traduzo: 'E aí, vamos?'.
Não caia na besteira de esperar um 'vamos' completo de uma mineira. Não ouvirá nunca. Eu preciso avisar à língua portuguesa que gosto muito dela, mas prefiro, com todo respeito, a mineira. Nada pessoal. Aqui certas regras não entram. São barradas pelas montanhas.
No supermercado, não faz muitas compras, ele compra 'um tanto de côsa'. O supermercado não estará lotado, ele terá 'um tanto de gente'. Se a fila do caixa não anda, é porque está 'agarrando' [aliás, 'garrando'] lá na frente. Entendeu? Agarrar é garrar, ora!
Se, saindo do supermercado, a mineirinha vir um mendigo e ficar com pena, suspirará: Ai, gente, que dó. É provável que a essa altura o leitor já esteja apaixonado pelas mineiras.
Não vem caçar confusão pro meu lado. Porque, devo dizer, mineiro não arruma briga, mineiro 'caça confusão'.
Se você quiser dizer que tal sujeito é arruaceiro, é melhor falar, para se fazer entendido, que ele 'vive caçando confusão'.
Para uma mineira falar do meu desempenho sexual, ou dizer que algo é muitíssimo bom vai dizer: 'Ô, é sem noção'.
Entendeu, leitora? É sem noção! Você não tem, leitora, idéia do 'tanto de bom' que é. Só não esqueça, por favor, o 'Ô' no começo, porque sem ele não dá para dar noção do tanto que algo é sem noção, entendeu?
Capaz... Se você propõe algo e ela diz: capaz!!!
Vocês já ouviram esse 'capaz'? É lindo. Quer dizer o quê? Sei lá, quer dizer 'ce acha que eu faço isso'? com algumas toneladas de ironia... Se você ameaçar casar com a Gisele Bundchen, ela dirá: 'Ô dó dôcê'. Entendeu? Não?
Deixa para lá.
É parecido com o 'nem...'. Já ouviu o 'nem...'? Completo ele fica:- Ah, nem... O que significa? Significa, amigo leitor, que a mineira que o pronunciou não fará o que você propôs de jeito nenhum. Mas de jeito nenhum.
Você diz: 'Meu amor, cê anima de comer um tropeiro no Mineirão?'. Resposta: 'Nem...' Ainda não entendeu? Uai, nem é nem.
Leitor, você é meio burrinho ou é impressão? A propósito, um mineiro não pergunta: 'você não vai?'. A pergunta, mineiramente falando, seria: 'cê não anima de ir'? Tão simples. O resto do Brasil complica tudo.
É, ué, cês dão umas volta pra falar os trem... Falando em 'ei...'. As mineiras falam assim, usando, curiosamente, o 'ei' no lugar do 'oi'.
Você liga, e elas atendem lindamente: 'eiiii!!!', com muitos pontos de exclamação, a depender da saudade... Tem tantos outros...
O plural, então, é um problema. Um lindo problema, mas um problema. Sou, não nego, suspeito. Minha inclinação é para perdoar, com louvor, os deslizes vocabulares das mineiras.
Aliás, deslizes nada. Só porque aqui a língua é outra, não quer dizer que a oficial esteja com a razão. Se você, em conversa, falar: Ah, fui lá comprar umas coisas... Que' s côsa? - ela retrucará. O plural dá um pulo. Sai das coisas e vai para o que.
Ouvi de uma menina culta um 'pelas metade' , no lugar de 'pela metade'. E se você acusar injustamente uma mineira, ela, chorosa, confidenciará: Ele pôs a culpa 'ni mim'.
A conjugação dos verbos tem lá seus mistérios em Minas...
Ontem, uma senhora docemente me consolou: 'prôcupa não, bobo!'. E meus ouvidos, já acostumados às ingênuas conjugações mineiras, nem se espantam. Talvez se espantassem se ouvissem um: 'não se preocupe', ou algo assim.
A fórmula mineira é sintética. E diz tudo. Até o 'tchau' em Minas é personalizado. Ninguém diz tchau pura e simplesmente.
Aqui se diz: 'tchau procê', 'tchau procês'. É útil deixar claro o destinatário do tchau.
Então... mas q é outra lingua é...'sô'
(Carlos Drummond de Andrade)
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